quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Olá Pessoal recebi este e-mail do Sr Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor daTigerlog Consultoria e trenamento em Logistica .
Estou postando ele no blog para que todos tenham acesso ao grandioso conteudo que
mostra meios a serem adotadas no transporte de cargas fracionadas.

Tendências no Transporte Rodoviário de Cargas Fracionadas no Brasil

As empresas em geral têm realizado intermináveis esforços para manterem-se competitivas em seus mercados. Nesse contexto a empresa de transporte de carga fracionada assume papel importantíssimo na transformação da cadeia logística como um diferencial competitivo.

Em transição para um ambiente cada vez mais dinâmico e menos estático, aonde se prioriza o fluxo das informações e dos materiais, as empresas estão colocando em prática conceitos como Just-in-Time (JIT), Continuous Replenishement, Lean Manufacturing, etc, gerando impactos altamente positivos sobre os inventários. Para exemplificar, em 1980 os estoques representavam 8,5% do PIB norte-americano; em 2008 chegaram a menos de 3%. Menos estoques parados e mais caminhões em trânsito.

Se de um lado reduzimos estoques, por outro lado, ocorrerá uma maior pressão sobre os custos de transporte, em função do aumento do nível de fracionamento das cargas. A “atomização” dos pedidos e dos embarques torna a gestão do transporte de carga fracionada imprescindível para as empresas. Um importante fabricante mundial de eletro-eletrônicos, por exemplo, reportou que em 2000 cerca de 10% dos seus embarques tinha múltiplas entregas; em 2003 já representavam 46% e em 2008 ultrapassaram 75%. Nos últimos 10 anos, segundo levantamentos realizados nos EUA, o peso médio por embarque diminuiu em 15% no transporte aéreo doméstico e 10% na carga fracionada transportada no modal rodoviário.

A redução do tempo de ciclo de pedido (tempo decorrido entre coleta e entrega) e a pontualidade na entrega são condições imperativas para competir nesse mercado. Como conseguir isso a um custo competitivo?

A atividade de contratação de transportes será cada vez mais encarada como uma atividade estratégica dentro das empresas, devido ao impacto em custos e nível de serviços, e será cada vez mais comum a concentração de volumes em poucos prestadores de serviços. Os editais de concorrência serão tratados com extremo profissionalismo, o nível de exigência será cada vez maior e os Embarcadores buscarão parcerias de longo prazo, atreladas a contratos.

Nesse novo ambiente empresarial, podemos apontar algumas tendências no mercado de cargas fracionadas.

Novas plataformas de distribuição serão desenvolvidas, principalmente em função da intensificação do e-business. Em comparação com o primeiro semestre de 2008, as vendas pela Internet aumentaram em cerca de 30%, atingindo algo ao redor de R$ 5,0 bilhões. Segundo o Ibope Nielsen, mais de 65 milhões de brasileiros com mais de 16 anos estão conectados à Internet. O número de computadores no Brasil alcançou a marca de 60 milhões, entre máquinas residenciais e corporativas. Com isso, proporcionalmente, há um computador para cada três brasileiros. A previsão é que, até 2012, o país tenha 100 milhões de computadores, o que equivaleria a um micro para cada dois habitantes. Portanto, esqueça os tradicionais modelos de consolidação de cargas e de centralização dos estoques e prepare-se para um volume cada vez maior de entregas diretas aos Clientes finais.

Para complicar ainda um pouco mais tudo isso, não se esqueçam da logística reversa! Para o embarcador um grande desafio; para as Transportadoras uma excepcional oportunidade!

O mercado continuará se expandindo a taxas superiores ao da economia em geral, e também acima de outros serviços logísticos. Análises realizadas nos EUA apontam que a receita das empresas de transporte de carga fracionada (US$/ton/milha) mais do que dobrou nos últimos 30 anos, principalmente em função de uma maior consolidação das cargas, maiores volumes e de preços superiores. Aqui no Brasil, o crescimento está ao redor de 20% a 30% ao ano, mas encontramos fenômenos como a JadLog que apresentou um crescimento de 70% neste primeiro semestre, e prevê um aumento de 80% em seu faturamento em 2009.

Estimamos que o faturamento com cargas fracionadas triplique nos próximos 5 anos no Brasil!

O preço continua e continuará sendo o principal critério para a escolha do transportador de carga fracionada. A pontualidade na entrega aos poucos assumirá maior importância. As empresas de transportes precisarão racionalizar e reduzir custos administrativos e operacionais. A rentabilidade líquida sobre a receita de vendas no setor de cargas fracionadas está, atualmente, ao redor de 2% a 5% e se as despesas administrativas e de terminais não estiverem sob controle, a sobrevivência futura das empresas poderá ser comprometida. Em raros casos identificamos rentabilidades líquidas superiores a 5%, dificilmente ultrapassando os 12% alcançados nas melhores situações. Aliás, custear o transporte de carga fracionada é e continuará sendo um enorme desafio para as transportadoras! Elaborar tabelas de preços então, o que dizer? Qual a fórmula mágica?

Muitas empresas revisarão a sua malha logística e optarão por “enxugar” a rede existente; outras continuarão expandido rapidamente a sua área de atuação; a Planalto Encomendas, por exemplo, conta com mais de 100 filiais ou bases nos estados do Sul do Brasil. A criação de novas filiais e a manutenção da estrutura atual deverão ser criteriosamente analisadas, sob o ponto de vista mercadológico, operacional e financeiro.

As empresas do transporte de carga fracionada precisarão desenvolver alianças operacionais regionais, para garantir ampla cobertura geográfica e prazos de entrega confiáveis. As grandes empresas deverão se concentrar nas principais cidades (pólos) e capitais do Brasil e delegar a empresas menores e mais especializadas a distribuição nas localidades mais distantes. Rotas secundárias apenas deverão ser absorvidas à medida que se tornem economicamente viáveis.

Em função da intensificação da globalização, continuaremos assistindo a um crescimento significativo do transporte internacional e as empresas de transporte rodoviário de cargas fracionadas necessitarão se inserir nesse conceito, através de parcerias com os grandes Operadores Logísticos mundiais. Muitas desenvolveram a opção do transporte aéreo, apresentando excelentes resultados.

A concorrência se intensificará. No Brasil, nos próximos 10 anos, assistiremos a um aumento do número de empresas atuando na carga fracionada, para depois presenciarmos uma redução do número de transportadoras, e aí sim, constatarmos um aumento real e significativo dos preços do frete. Este é um processo que não ocorrerá em menos de dez anos e deverá estar consolidado até 2020. As empresas suportarão essa espera?

Também ocorrerá uma competição cada vez maior entre o modal aéreo e rodoviário, por isso, as transportadoras deverão ampliar a sua área de cobertura e oferecer diferentes opções de transporte em função dos tempos de entrega, como já fazem atualmente os grandes Freight Forwarders como UPS, Fedex e DHL. Na Europa e principalmente nos EUA, em função da necessidade de se reduzir custos, têm ocorrido uma migração do Cliente do modal aéreo para o modal rodoviário, que cada vez mais oferece soluções de curto prazo de entrega, e acima de tudo, altamente confiáveis. Em 2005 a Fedex, pela primeira vez em sua história, registrou um número maior de embarques através de seu serviço de carga fracionada terrestre, superando o tradicional modal aéreo.

Para terem êxito nessa disputa entre modais, as empresas de transporte deverão disponibilizar um amplo menu de serviços que considerem diferentes prazos e preços para entregas emergenciais ou super expressas (em horas) com parcerias com o modal aéreo, entregas expressas (em horas, no mesmo dia), premium (entre 1 ou 2 dias), padrão ou standard (2 a 3 dias) e agendadas (prazo variável). Também deverá haver um alto comprometimento com o prazo acordado com o Cliente; algumas empresas se auto penalizam e não cobram por fretes não entregues no prazo.

Não esqueça de sua área de GRC – Gestão do Relacionamento com os Clientes. Mais que um SAC ou Telemarketing, desenvolva uma solução integrada de atendimento ao Cliente.

Especializar-se valerá a pena? A especialização em determinados segmentos no transporte de cargas fracionadas deverá ser cuidadosamente estudada. Escala será vital para as grandes empresas, daí a necessidade de ampliar o raio de atuação; para pequenas e médias empresas poderá ser extremamente viável uma especialização em poucos segmentos.

A atuação em diversos segmentos inevitavelmente levará a problemas com a otimização cúbica dos veículos, gerenciamento de risco e ao controle do nível de avarias dentro de patamares aceitáveis. Imagine transportar em um mesmo veículo autopeças, cosméticos, têxtil, vinhos finos, computadores e produtos farmacêuticos?

Embora a TNT tenha realizado a aquisição da Mercúrio e do Expresso Araçatuba, as empresas brasileiras do setor de cargas fracionadas ainda não precisarão se preocupar com a ação dos grandes Operadores Logísticos internacionais, já que o foco continuará voltado para o mercado norte-americano, Europa Ocidental, Leste Europeu, China e demais países asiáticos, principalmente se a economia se recuperar a partir de 2010. A atuação dessas empresas aqui no Brasil permanecerá cautelosa e não deveremos presenciar novas grandes aquisições nos próximos anos, principalmente porque os empresários brasileiros do setor de transportes têm enormes dificuldades em valorizar as suas empresas no momento de uma eventual venda. Será mais provável assistirmos a fusões entre empresas nacionais. Por exemplo, imagine uma nova empresa oriunda da fusão de empresas como Rapidão Cometa, Expresso Jundiaí, Rodonaves, Transportes Bertolini, Mira e Translovato, formando uma empresa de mais de R$ 2,0 bilhões de faturamento anual, com sinergias que permitiriam uma redução nos custos operacionais e despesas administrativas de mais de 20%? Sonho ou realidade?

Este é o momento de otimizar as operações existentes, investir no capital humano e em tecnologia e de garantir a prestação de um bom nível de serviço. Tecnologia ainda é uma importante lacuna a ser preenchida. Ainda há muito para se fazer e muito espaço para agregar valor aos clientes internos e externos.

O crescimento desenfreado deve ser reavaliado. Priorizar receita e não a lucratividade tem sido um erro comumente cometido pelas empresas do setor. Cuidados com as armadilhas do crescimento. Ainda há tempo para ajustes e principalmente para um correto direcionamento estratégico, que garantirá o crescimento e sobrevivência das empresas de transporte de carga fracionada no futuro!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Transporte de Fertilizantes/Carga de retorno ou não?

Os fertilizantes em geral são,
tipicamente, conhecidos como os principais
constituintes da “carga de retorno” dentro do
setor agrícola nacional – terminologia adotada
entre os agentes do setor de transporte e
logística para indicar a mercadoria que
preenche a ociosidade do equipamento de
transporte em seu trajeto de retorno, ou seja, o
produto transportado após a entrega da carga
“inicial”. Dentre vários motivos, esse produto se
caracteriza como “carga de retorno” por ser, em
sua grande maioria, uma mercadoria
tipicamente importada por um país tipicamente
exportador como o Brasil. Portanto, espera-se
que as logísticas envolvidas quando de sua
movimentação apresentem comportamentos de
preços diferenciados.
Nesse sentido, os principais resultados
obtidos a partir da comparação entre os índices
sazonais calculados indicaram uma forte
relação entre a variação na demanda mensal
pelo produto e a variação em seu frete final,
sugerindo uma influência direta do primeiro
sobre o segundo. Observou-se que durante os
meses de outubro e março – períodos típicos
de plantio e, conseqüentemente, de forte
demanda de fertilizantes – o volume negociado
do produto e o frete médio apresentam
aumentos proporcionais.
Nota-se, a partir dos resultados
observados, que grande parte do setor
consumidor de fertilizantes opta pela aquisição
do produto apenas na época do uso do
produto, ou seja, nos períodos de plantio das
grandes culturas agrícolas temporárias. Pôde
também ser observado que uma gestão de
armazenagem bem elaborada por esse
consumidor pode implicar redução no custo
total da logística de movimentação de
fertilizantes.
http://www.youtube.com/watch?v=zEnijmhCih0

Crise no setor Sucroalcooleiro

O setor sucroalcooleiro está atravessando uma crise econômica de grande intensidade e, certamente, a mais persistente e duradoura desde o final do processo de liberalização desse setor, no fim dos anos 90”. A análise consta do estudo inédito lançado nesta quarta-feira (2) pelo técnico da Conab, Ângelo Bressan Filho.O trabalho é resultado de uma extensa análise no funcionamento da cadeia alcooleira nas últimas cinco safras, mostrando os problemas econômicos e financeiros enfrentados pelo setor. É o caso, por exemplo, da necessidade de grandes volumes de capital de giro para estocar o etanol no período de entressafra, dos baixos preços de sua venda nas duas últimas safras e das margens de comercialização inadequadas do produto hidratado.
Outra questão são os caminhos para superar a atual situação e a necessidade de uma nova organização para consolidar a saúde financeira e o crescimento sustentável do setor no futuro. "Com o advento do veículo flex-fuel, o verdadeiro competidor do etanol hidratado passou a ser a gasolina, e não é mais a destilaria da circunvizinhança, como no passado. Logo, reorganizar o modelo de comercialização para evitar preços muito baixos e enfrentar seu concorrente é uma necessidade urgente", enfatiza Bressan.
A principal sugestão do autor para superar a crise está na mudança “da postura passiva dos produtores” e na aproximação com os consumidores de modo a
conquistar sua fidelidade.
CONAB - Companhia Nacional de Abastecimento

Regulamentação ANTT

Companheiros, a nova regulamentação do transporte rodoviário de cargas no Brasil já está em vigor . Os profissionais autônomos, empresas ou cooperativas que transportam cargas pelas rodovias do país terão de se cadastrar na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para obter o Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga (RNTRC). “Apenas aqueles que possuírem este documento estarão habilitados para exercer profissionalmente a atividade de transporte de cargas nas estradas brasileiras”, disse o gerente de Regulação de Transporte Rodoviário de Cargas da ANTT, Wilbert Junquilho. Segundo ele, essa atividade sempre foi exercida informalmente, bastando apenas uma carteira de habilitação profissional e um caminhão para qualquer motorista exercê-la. “Cerca de 30% dos acidentes nas rodovias envolvem caminhões. Boa parte disso são em consequência de fretes inadequados com preços inexequíveis”, disse Junquilho à Agência Brasil.Os fretes de baixo custo “acabam sendo compensados com excesso de cargas e falhas na manutenção dos veículos, o que, inclusive, acaba danificando os pavimentos [das rodovias]”. O gerente da ANTT acrescentou que pelo mesmo motivo os motoristas acabam dedicando menos tempo ao repouso, colocando em risco a segurança de quem usa a estrada.“Com o novo registro daremos condições para o setor se organizar e profissionalizar, promovendo maior capacitação de profissionais e de empresas, além de convergir para a formação de um mercado mais justo”, afirmou. “São medidas pleiteadas há tempos pelo setor como um todo, por causa das concorrências desleais e predatórias”, acrescentou.Os transportadores registrados terão até o dia 8 de setembro para se cadastrar na ANTT e se adequar a regras como: comprovação de experiência mínima de três anos no exercício da atividade ou a realização de um curso específico de capacitação para transportadores autônomos; comprovação de idoneidade e capacidade financeira das empresas transportadoras; criação da figura do responsável técnico no âmbito das empresas transportadoras para zelar pela qualidade dos serviços prestados; e imposição de sanções para usuários que ultrapassarem o tempo de cinco horas no desembarque de mercadorias. Mais informações no site da ANTT (www.antt.gov.br).

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Materia sobre logistica no Jornal Nacional